As arquiteturas do setor de telecomunicações estão em constante crescimento e evolução. As construções e tecnologias de rede estão avançando e proporcionando um mundo cada vez mais conectado.
Redes PON são exemplos disso. PON é o termo para Passive Optical Networks ou, em português, Redes ópticas passivas. Essa tecnologia teve seu início na década de 80. Até hoje, ela já se transformou para suportar uma velocidade mais rápida de transferência de dados.
Os provedores precisam se manter atentos. Novas tecnologias são apresentadas a cada ano ou em um período até menor de 12 meses. A estrutura da sua rede precisa ser bem planejada para que seja possível entregar essas novas tecnologias aos clientes que quiserem.
Índice
Do PON ao XGS-PON
A rede PON surgiu próximo ao ano de 1990. Com mais especificidade, foi no ano de 1986, na Inglaterra. As Redes Ópticas Passivas receberam esse nome por não terem, em suas estruturas, elementos que necessitem de energia elétrica.
O uso desse tipo de rede se tornou economicamente interessante por poderem atender a diferentes demandas de clientes que se encontram das centrais. Atualmente, com a grande taxa de transmissão de dados de todos os tipos, as redes PON são necessárias.
Contudo, a PON que se originou em 86 não é exatamente a mesma que opera hoje. A demanda pela diversidade e pela rapidez fez com que as redes fossem melhorando cada vez mais.
Cada nova rede tem sua própria norma, de acordo com o órgão e padrões que foi regida. Existem dois principais padrões: o International Telecommunication Union (ITU) e o Ethernet PON (EPON).
GPON
A PON necessitou se transformar para carregar dados mais largos. Logo, apareceu a GPON. A norma que rege esse tipo de rede é a G 984 do órgão ITU-T.
Ela trabalhava com a transmissão de dados medidos por Gigabytes. A transmissão é assimétrica, tendo a capacidade de 2,5 Gbps para downstream e 1,25 para upstream. A multiplexação é por divisão de tempo (TDM).
A rede GPON consegue trabalhar em uma distância de até 20 km. Os comprimentos de onda são de 1490 a 1310. Cada PON atende 128 ONUs.
XGPON
O x representa o número 10 em algarismos romanos e o G é de gigas. Portanto, a rede tinha capacidade de fazer uma transmissão de 10 gigas. Contudo, é de forma assimétrica, pois cada porta física suporta 10 Gbps de downstream e 2,5 Gbps de upstream.
A velocidade se torna muito maior pela forma de multiplexação, que difere da anterior. Enquanto a GPON faz por divisão de tempo, a XGPON tem a multiplexação por comprimento de onda (WDM). Esse fator foi o que possibilitou quadruplicar a velocidade em down e upstream.
Além da velocidade, há algumas melhorias. A XGPON consegue trabalhar em uma distância de até 60 km e atender 250 ONUs por PON. Um provedor que migra de uma para a outra consegue dobrar a capacidade de clientes.
Assim como a GPON, o órgão é o ITU-T, mas a norma é G 987. A faixa que a rede consegue operar é entre 1270 a 1577. São comprimentos de faixas diferentes, então não há uma interferência.
XGS-PON
Essa tecnologia é similar a XGPON. O S, que foi acrescentado a sigla, representa a simetria que a rede apresenta quanto a distribuição de velocidade. Com ela, tanto o downstream quanto o upstream têm capacidade de 10 Gbps.
Na maioria das redes, as tecnologias podem coexistir. Os comprimentos de faixa são diferentes e a infraestrutura – como a fibra, por exemplo – permite essa simultaneidade. Um mesmo provedor consegue fornecer GPON e XGPON aos seus clientes, por exemplo.
Uma dica para os provedores é não lotar portas com ONUs. Tenha uma liberdade, uma folga para conseguir adaptar novas tecnologias à sua estrutura.
Outro ponto é o planejamento da estrutura da rede. Realmente, novas tecnologias que entregam dados com mais velocidade estão aparecendo cada vez mais rápidas. Os clientes, também, exigem mais velocidade e bandas maiores. Por isso, é necessário que a sua rede seja extremamente bem planejada para conseguir se adaptar às mudanças que estão por vir.
Existem OLTs chamadas de “combo”, atualmente. Ela permite a utilização de placas GPON e XGPON ao mesmo tempo, por exemplo. É uma maneira de deixar a infraestrutura do provedor mais propensa às diferentes tecnologias.
Um exemplo disso são as NG-PON1 e NG-PON2. As letras NG são referentes a Next Generation. Seria uma nova geração de redes PON, na qual é possível uma hibridez entre TDM e WDM. A mesma ONU consegue ter as duas formas.
Funcionam com splitters ou AWG – Arrayed Waveguide Gratings ou Guias de Onda – em pontos específicos da estrutura e são conectados às ONUs para distribuírem a frequência de cada cliente.
O importante é que cada provedor esteja atento às tendências e preparado para fornecê-las. O planejamento da estrutura da rede é fundamental para que consigam se adaptar sem maiores problemas.
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